Diatomáceas bentônicas e planctônicas da Lagoa Pequena e do Saco do Laranjal, sul do Brasil
Autor: Gabriela Marques Fernandes Poncet (Currículo Lattes)
Resumo
Estuários são ambientes onde ocorre o encontro entre água doce e salgada através de canais naturais ou artificiais. São muito produtivos e por isso são muito explorados pleo homem. O estuário da Lagoa dos Patos, sul do Brasil, é um canal natural que apresenta margens com vegetação nativa intercalada com cidades e zonas rurais com agricultura bastante desenvovida, principalemnte o cultivo de arroz. Na região Norte do estuário estão localizados o Saco do Laranjal e a Lagoas Pequena. Ambos possuem matas de restinga precervadas, porém no primeiro há grande exploração do turismo sem planejamento e descarga de esgotos domésticos e industriais para o interior das águas, enquanto no segundo a agricultura é a principal atividade antrópica imapactante, O Objetivo do presente trabalho foi investigar a composição e a distribuição de diatomáceas bentônicas e fitoplanctônicas nessas duas regiões do estuário da Lagoa dos Patos e relacionar as mudanças observadas com as varáveis físicas e químicas do ambiente observadas aso longo das estações do ano. Para isso, forma coletadas amostras da água (na Lagoa Pequena) e amostras de sedimento (na Lagoa Pequena e Saco do Laranjal) e realizadas medições pontuais de pH, fósforo totais na água e no sedimento. A composição granulamétrica de cada praia também foi determinada e testes estatísticos realizados para relacionar as varáveis com dados de abundância de espécies. Nas amostras de sedimento, a forma observadas diferenças significativas entre os valores de riqueza, diversidade específica, dominância e equitabilidade entre os pontos situados na zona rural (Lagoa Pequena) e urbanos (Saco do Laranjal). Os maiores valores de dominânicas foram observados no Laranjal (calçadão) e estiveram associados com a espécie abundante Plagiogramma tenuissimum que representou mais de 50% da comunidade em todas as estações do ano. De maneira geral, os locias amostrados apresentaram composição taxonômica distinta, sendo as maiores semelhanças observadas nas amostras e suas ocorrências tiveram relação com a granulometria na maioria dos pontos amostrados. Nas amostras de fitoplâncton, a salinidade, a intensidade dos ventos e a concentração de nitrogênio total na água foram as principais variáveis ambientais que influenciaram a composição e a distribuição das diatomáceas na comunidade. Espécies marinhas foram comuns na primavera e no verão. coincidindo com a entrada de água salgada no estuário, enquanto que espécies de água doce foram mais frequentes nas amostras de outono e inverno. Espécies estuarinas foram observadas em todas as amostras. O único ponto que apresentou semelhança entre as estações do ano foi o Arroio Pseudônimo Meio durante o outono e o inverno. Nos demais pontos, a composição taxonômica variou entre as estações do ano e houve pouca semelhança. A diversidae específica variou entre média a baixa, a equitabilidade foi alta e, consequentemente, a dominância baixa nos locais amostrados. A profundidade baixa favoreceu a maior ocorrência de espécies epipélicas nas amostras, que foram facilmente suspendidas para a coluna d´água com a ação dos ventos. As concentrações de nitrogênio (0,26 a 1.20 mg/L) e fósforo (0,03 a 0,16 mg/L) totais na água observadas no Saco do Laranjal e na Lagoa Pequena indicam que esses locais se encontram em processo de eutrofização.